Primeiramente,
gostaria de dar os parabéns (mesmo post
mortem ao autor). O livro é brilhante e retrata sumariamente tudo que
precisamos saber sobre a filosofia denominada ética. Com sua leveza e espírito
analítico, Aristóteles carreia-nos pelo mundo do desconhecido sem jamais
vacilar, pois é ali que ele se sente à vontade.
Notei algumas
características gerais da obra, por exemplo, ela é linear. O mestre não se
esquiva, nem para a esquerda, nem para a direita, ele estritamente delineia o
assunto e não deixa margem para dúvida. Quanto a esta, podemos senti-las quanto
aos assuntos especiais, nos quais o autor demonstra saber tanto sobre coisas
tão ínfimas, que eu mesmo não prestei tanta atenção.
Se fosse para
decidir se o livro é conciso ou prolixo, eu diria pela segunda opção; mesmo que
a priori sejamos levados a entender
pela primeira, porque – por exemplo – justiça é um tema tratado, quanto à ela
ele cita lexicologicamente o conceito e não se esquiva, porém a abundante
descrição de detalhes remete à inconcisão, contudo – o que ocorre – é apenas um
integralismo ou totalitarismo conceitual, o que é isso?
Nisso, ele
descreve absolutamente tudo de que precisamos saber sobre cada tema, o que –
logicamente – remete ao prolixo. Na medida e razão, que a obra é puramente
racional e clara, podemos classifica-la como pura ou de razão pura, mesmo que
ele tenha consciência da necessidade da “sabedoria prática”, porém com ênfase
teorética ou pura.
Posso citar
outras tantas características da obra, como: isonômica e estática. Entretanto,
penso já exceder o número de linhas recomendável para uma boa resenha. O apego
às formas é fundamental no trabalho e aprendi dessa forma. Assim, Aristóteles –
por mim denominado: o mestre – faz uma verdadeira baila, expondo cada conceito,
recomendo o livro para quem lhe tenha interesse objetivo, pois não é arte
subjetiva ou romântica.
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