Matemática é
concreta, porque 1 sempre é 1.
Lingüística é
abstrata, porque nem sempre “a” é “a”.
Adendo: Para
ambos esses “seres”, tem-se perspectiva concreta.
Dentro da
lingüística, há substantivos concretos e abstratos; os concretos são
auto-representativos e os abstratos somente existem na imaginação.
No diapasão
medieval, são reais os universais concretos e são nominais os universais
abstratos. Leia-se universal como substantivo (stricto sensu) ou simplesmente palavra (lato sensu).
Por que 1 é
sempre 1?
Porque, pelo
paradigma concreto pedagógico, o número 1, sempre será o dedo indicador erguido
sozinho.
Por que “a”
nem sempre é “a”?
Porque, pelo
paradigma abstrato pedagógico, a letra “a”, pode – por exemplo – ser desinência
de feminino no português, pode ser “um” (artigo) no inglês, pode indicar ordem
no espanhol, afastamento em grego ou mesmo, aproximação em latim.
Conclusão 1
1, para todos
os seres que o compreendem, significa apenas 1 (dedo indicador estendido); por
outro bordo, “a” varia tanto interlinguisticamente, como intralinguisticamente,
pelas diversas possibilidades semânticas do mesmo elemento morfológico “a”.
Consectários
lógicos corolários da própria atinência fundamental: matemática é concreta,
lingüística é abstrata.
Silogismo 1
Se todo
abstrato exige – na perspectiva de seres concretos – concreção para ser
entendido e todo concreto é autocompreensível – na perspectiva de seres
concretos.
Se “a” exige
fatos concretos para ser entendido e 1 é autocompreensível pelo dedo indicador
em riste.
Então a
lingüística é abstrata e a matemática é concreta.
Adendo: Pela
premissa menor fica evidente que ambas as ciências são absolutamente abstratas,
o que as diferencia entre abstrata e concreta é mera intrarelatividade.
Explicação: A
premissa maior se funda no conceito de sujeitos. Os sujeitos, que são
concretos, regem como seus objetos relacionam-se-lhes.
A premissa
menor é derivada de articulação específica e fundamental dos objetos
conceituais, posses dos sujeitos.
Como tal, a
conclusão silógica traz à tona, o que era intuitivamente entendido (articulação a priori-posteriori), para que seja
ressaltado e chancelado, como puro conceito fundamental intercientífico:
linguística é abstrata e matemática é concreta.
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