Meu
querido diário, hoje quero discutir a natureza de Deus, não absolutamente, mas
como ser relativo ou igualmente a todos os demais.
Primeiramente,
pensei que Ele seria o ser supremo, logo os demais são-lhe inferiores, cogitei
que seriam sujeitos, como tais vivos e - em classes - conteriam os
funcionamentos diversos que se complementariam.
Com
isso classifiquei em quatro: vegetais, animais, humanos e - enfim - Deus. Os
primeiros, aqueles firmes na terra deveriam ter alguma capacidade especial que
mais nenhum teria, imaginei: eles crescem muito, tornam-se demasiadamente
altos, parece uma boa virtude.
Os
segundos comem - heterofagamente, outros seres vivos - e também locomovem-se,
pareceram boas virtudes, que poderiam inclusive ultrapassar a de seus
superiores: os humanos. Estes terceiros, após muito elucubrar, tive a noção de
que em verdade o intelecto seu seria superior a todos os outros concorrentes.
Considerando
os seres concretos (nossos inferiores e nós mesmos), aprendi que mesmo os
inferiores possuem habilidades que são reduzidas em seus superiores; isto é,
ser superior não significa ser melhor em tudo, mas em habilidades cada vez mais
específicas e especiais, trabalhando em minha mente, o conceito de
"densidade ontológica", porque cada um supera o alterno com uma
crescente concentração de virtudes, o que na prática: altera seu gênero.
Com
toda essa digressão, busquei compreender o incompreensível (o que costumo
denominar milagre socrático, pesquisa de outro momento), quem? Deus! Este
último não seria tão grande quanto uma árvore madura, não teria melhores
instintos do que um animal, tampouco a inteligência de um ser humano, mas
sim... 1 Jo 4:8 "...Deus é amor.".
Com
isso descrevi analiticamente todos eles (exceto o último), vamos sintetizar. Os
vegetais impetuosamente são altivos e buscam o céu (materialmente), os animais
são ligados à prática e à rotina (alimentam-se e locomovem-se para tanto), os
seres humanos - entidades teóricas e abstratas - possuem seu intelecto ímpar;
contudo se Deus é amor, só sobra contar: não é impetuoso, prático ou teórico,
mas sim uma emoção! Em outras palavras, sentir é divino.
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