O que é tudo? Gosto de inspirar-me
na máxima cartesiana: “Cogito, ergo sum!”, o que significa: “Penso, logo
existo!” A descoberta do pensamento em sua pureza, conforme Renato fez é o
importante início de tudo.
Tudo está aqui, ali e lá. Há
muitos tudos: o meu, o teu e o nosso! Isto é, seja lá o que for tudo... Varia
conforme o sujeito.
Essa minha regra pautou-se em uma
descoberta reversa ao oráculo de Delfos: “Oh, homem! Conhece-te a ti mesmo e
conhecerás os deuses e o universo!” Eis que reinterpretei com colimação
facilitatória, pois não: Oh, homem! Conhece o universo e os deuses, o que
restar é você. (Orochimaru).
Meu conceito é combinar dicotomias
clássicas para que sejam bem aplicadas em nossa realidade, pois se não vejamos:
o universo é toda a matéria e os deuses são todas as ideias. O que quer dizer
que “o enigma de Apolo” resolve-se desta forma: o universo é o que vejo, os
deuses o que penso, variando de sujeito para sujeito. Genial, não?
Assim, tudo é uma mistura de ideias
e coisas que são retidas por uma pessoa. E o mais importante! “Tudo” é termo
gramatical, ou seja, decorre da ciência humana em definir cada ser, logo esse
saber é puramente humano, o que ratifica e chancela sua subjetividade aqui
exposta.
É verdade que a ciência prima pela
objetividade, porém... Qual? A objetividade de um cientista (sujeito). O que
significa dizer que: há subjetividade pura, como a religião e a arte, contudo,
objetividade pura “non ecsist!”, sendo o caso de consideramos sua relatividade,
inerente à filosofia e à ciência.
Deste modo, tudo é um atributo
subjetivo, mitigado (ou não) por objetos; sendo, pois, triuno, porque ainda há
o principal: a relação!
Essa última observação, atributo
místico de Albert Einstein, marca, ao certo, toda a natureza da vida moderna e
pós-moderna. Por quê?
Porque a antiguidade é antiga
(absoluta), enquanto a modernidade é moderna (relativa). Isso eu chamo de poesia
conceitual, papo para outra hora.
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