quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Futuro

"O futuro é o khrónos em sua própria essência: no passado ele está no presente, e no póstero está estaticamente" Arthur Barros
Como foi percebido, trata-se do tempo. O tempo vai e volta, e também fica! Está por toda parte, mas ninguém o vê. Os relógios o medem, o coração o sente e a mente o raciocina. 
O que é o tempo? Questão típica dos maiêuticos (socráticos), digamos que o protagonista dessa classe, em sua humildade pueril derribava os mais altos e orgulhosos sofistas... O verdadeiro Jesus Cristo da filosofia!
Foi pobre, não se dedicou às riquezas. Ou se dedicou? Sabedoria é ou não é riqueza? Pensar, pensar... Há quem o repudie, há quem o ame (que tal filo-sofia?). Mas pensar é a essência do ser humano, colimado que: seríamos humanos se não pensássemos?
O tempo... A razão em movimento. Está aí, aqui, lá e acolá. Todavia, está em lugar nenhum. Alguém já viu o tempo? Vê-lo correr é consuetudinem, entretanto qual empírico pode comprová-lo?
Seria mais fácil - empiricamente - refutá-lo. Mas como discernir o jovem do antigo, o neófito do vetusto. Impossível? Que tal depende? Verbo dos indecisos. Sim, mas porque não dos reflexivos?
Aí engendra-se nosso tema nodal: Retórica! Rainha das ciências, descreve, mas não é descrita, fala, mas não é falada. Misteriosa, sim, mas o que não é mistério até ser revelado? A ciência positiva orgulha-se de suas descobertas. Mas, aí, nesse ponto, eu quaestio: Haveria descoberta sem o mistério?
Um filósofo uma vez disse: "A água do mar é a mais pura e a mais deletéria." Então um positivista disse: "Trata-se de uso patológico da língua." Se ele fosse puro, então seria perfeito. Mas ofender sua própria origem? A prima facie descoberta? Fatídico e desastroso evento...
A pureza está aí (retromencionada), quer ofender ou elogiar? Quer ser discreto ou gritante? Não vai ser a verdade ou a mentira, a substância ou a essência que vai determinar sua fala: mas a forma!
A forma pura (helênica, quiçá Ática) contém o verdadeiro saber. Da mesma forma que a causa determina o efeito, os clássicos determinam os modernos, e não há quem negue.
Os Escolásticos possuíam teoria interessante sobre isso: "Anões em ombros de gigantes.", aforismo evidentemente superado, não deixa de ser perfeito. Os modernos adoraram suas descobertas (deveria dizer invenções?) empíricas - a Revolução Científica - muitas lunetas surgiram, astrolábios, armas de assédio, canhões, a astronomia, a medicina e a engenharia floresceram. OK. Se a vida fossem só objetos, então poderíamos até chamá-la de Rainha das eras. Mas... Sempre ele, define: Sujeitos ou Objetos fazem Objetos?
Ai, ai... Crises e mais crises surgiram com essa dicotomia um raivoso séc. XX, eu diria, eu deveria ser crucificado (risos). Contudo está aí, falei, palavra falada é flecha desferida, não tem volta.
Pois bem, devemos ser óbvios ou positivistas?... Fica bem claro que devemos ser o que quisermos, porquanto é o que os medievais dizem: livre-arbítrio. Então? Qual seremos?
Eu sempre sigo a Pureza, na sua aplicação prática (Retórica), então, em verdade vos digo, Objetos são feitos por aquilo que os produz, aquilo que os toca, aquilo que os descobre.
São mortos, inanimados. Mas o utente converte em coisas semi-vivas (semoventes) e anima com seu toque (Midas animus?), logo não há porque duvidar, os Objetos são feitos pelas emoções, pela razão.
Platão explicaria: "Teoria das Formas". Lá existem elas, as idéias. Remotas, distantes e intocáveis, mas trazidas a nós pelo Demiurgo. Assim, pré-existentes definem toda a criação, com as sensações nada mais sendo do que suas cópias defeituosas.
Aristóteles explica: "Toda sabedoria vem das sensações" (Escola de Atenas?), então, como um belo e delicioso cardápio, a Filosofia descreve-nos as possibilidades (poder) e cabe-nos discernir o que queremos do contrário. I. e, qual você quer?
Se tudo é o que queremos, então nada é o que não queremos. Aí, surge uma das mais obscuras ciências positivistas (meia-ciência? Mitologia?), com Sigmund Freud, nasceu a psicanálise. Vá consultar-se com um dos seus discípulos, duvido que desvende seus pensamentos!
Por quê ela? Bem, já ouviu falar de vontade? Os positivistas gostam muito de poder (1ª, 2ª GM... 3ª?), mas e a vontade? Se é verdade que todas as ações são definidas, causadas pela ação conjunta desse binômio, porque só um vem à lume?
Quer um mistério de verdade? Contemporâneo e opulento? Fantástico? Sim, claro, quem não quer? Pois bem, descubra a pura vontade do seu amigo mais próximo. Ou, que tal, descubra a sua mesmo. No reflexo mesmo. Vá lá. Boa sorte!
A vontade é as puras trevas. Ninguém a descobre, ninguém a desvenda, porque é comezinho que tocá-la, seria despedaçar séculos de progresso (para quem?).
As vontades subvertem todo o caminho. O poder sempre frente à frente consagra a vontade aplicada, conduzida no leito de Suez. Mas e a vontade pura? O Sol (Lua?) de toda nossa subjetividade? Pois é, essa ninguém conhece.
Buscando até os confins do Universo, a ciência positiva se orgulha de conseguir. Mas tratar das subjetividades (como até hoje só os Mitos fizeram!) ninguém quer.
Na família, um objeto do outro. No trabalho (preciso dizer?). Na ciência, só objetos. Em todos os lugares, assim, estão focados os objetos, mas os sujeitos, nada.
A psicanálise tentou e tenta. Mas falta-lhe substrato. Estão perdidos na psiquê humana, como se encontrarão? A filosofia é um mapa (para perdidos ou não), mas a dose de subjetividade (trocadilho?) é muito alta, assim perde-se o interesse positivista.
Se as pessoas fossem tão subjetivistas como na pré-filosofia, sem dúvida o mundo seria outro. Haveria menos gente (ou mais?), mas haveria mais Pureza. Cada um, com seu cada um. Severo que o seja, os Objetos ainda comandam.
Em peroração, revisto-me talar, para dizer: "Do what you wanna do! This is the law." Assim, para os que ficam, vai a saudade, para os que voltam, vai a dica: Vocês já subjetivaram hoje? 
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