quinta-feira, 14 de março de 2019

Mais 4 (quatro) gerações de direitos


Como é sabido, foram inventadas 5 (cinco) gerações de direito, com a 5ª (quinta) de Paulo Bonavides. A primeira dos direitos civis e políticos, a segunda dos direitos econômicos e sociais, a terceira com os direitos transindividuais e difusos, a quarta com as telecomunicações e bioengenharia e, enfim, a quinta, e sucinta, paz.
Eu, inspirado no nexo etiológico entre elas, criei mais quatro, que; por sua vez, são compatíveis com minha vida. Vamos a elas!
Sexta geração: amor, eu pensei que na medida que houvesse paz, faltaria a forma de usufruí-la, que, na minha opinião, somente poderia ser o amor, sendo este fruto da paz; já que guerra e amor não se misturam.
Na minha vida, essa geração de direitos pautados no primado do amor estão insertos na minha vida eclesiástica, na medida que todos são muito amáveis lá! Dizemos: “A paz!”, “Que o amor de Deus esteja contigo.”.
Assim sendo, o amor, em sua pureza, ou ainda em Afrodite Urânia[1], tem condão fraternal, próprio de uma família natural (restrita) que se estende para um coletivo (amor extensivo).
Com isso, surge a necessidade de mais um atributo para aperfeiçoar a soma, na razão do coleguismo, possuímos um elemento externo ou superficial, que parte para o problema insolucionável pelo amor: a honestidade.
Sétima geração: honestidade, nesta geração, derivada do amor, surge a necessidade de aprofundamento não só nos sentimentos, mas para a velha questão: “O que estão pensando de mim?”, por isso é mister, nesta fase diálogo franco e aberto com todas as cartas na mesa.
O direitos de sétima geração possuem caráter intelectual. Se as pessoas – depois do amor -, também forem inteligentes (no brocardo eclesiástico: além da graça, a palavra), conseguirão arguir francamente entre si e buscar novidades para o aprimoramento humanístico.
Nesta fase, regada por preconceitos, muitos conflitos tendem a surgir (amenizados pelo amor, o que já me dá o ensejo para a próxima geração), porém a natureza humana que os distingue dos demais animais prepondera, qual seja: a razão.
Com isso, de razão cheia, passadas as dúvidas a priori e as doxas, só é necessário que erga uma fortaleza, porque cada um já se satisfez, todavia podem abundar! Para tanto, em meio de tantas intrigas e mistérios que a honestidade produz (aí está sua fraqueza), nasce...
Oitava geração: tolerância, esta é uma arte que não sai de moda, é popular e possui a estima do povo, a tolerância – na minha opinião – eleita a maior virtude para o povo brasileiro, também tem suas colegas temperança, moderação e longanimidade.
Esta é a virtude que sobreleva as dificuldades das pessoas francas (porque, na verdade, nem deveríamos ofender-nos pela sinceridade alheia), depois dos conflitos da franqueza, surge a necessidade pacificadora da tolerância; a qual não funciona como a paz da quinta geração, esta é física, aquela ideal.
A tolerância pauta-se na prática, considerando: “Que diferença me faz isso que ele está falando?”, ela exige maturidade, uma pessoa consciente de suas potencialidades e fraquezas.
O problema da tolerância é sua radicalização, porque pode tornar-se muito fria, sem qualquer interesse em ninguém e “Deixa a vida me levar, vida leva eu.”, o que aprendi ser errado no Discipulado (encontro sobre a Bíblia).
Nona geração: gosto, este é puro ímpeto, é quase um retorno à infância, porque possui suas mesmas propriedades formais, porém oscila na substância.
Temos que entender que este gosto é derivado de séculos e milênios de direitos, então – por ser moderníssimo – não é autodefinido.
Vou resumir sua natureza: “Eu quero, eu faço.”. Cuidado, ele não é o que parece!
E darei meu último exemplo: Eu gosto de mim!


[1] Afrodite é a deusa do amor na mitologia grega, a perspectiva Urânia indica o amor puro, sem interesses, de caráter fraternal e não romântico.

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