quinta-feira, 28 de março de 2019

Resenha Ética a Nicômaco


Primeiramente, gostaria de dar os parabéns (mesmo post mortem ao autor). O livro é brilhante e retrata sumariamente tudo que precisamos saber sobre a filosofia denominada ética. Com sua leveza e espírito analítico, Aristóteles carreia-nos pelo mundo do desconhecido sem jamais vacilar, pois é ali que ele se sente à vontade.
Notei algumas características gerais da obra, por exemplo, ela é linear. O mestre não se esquiva, nem para a esquerda, nem para a direita, ele estritamente delineia o assunto e não deixa margem para dúvida. Quanto a esta, podemos senti-las quanto aos assuntos especiais, nos quais o autor demonstra saber tanto sobre coisas tão ínfimas, que eu mesmo não prestei tanta atenção.
Se fosse para decidir se o livro é conciso ou prolixo, eu diria pela segunda opção; mesmo que a priori sejamos levados a entender pela primeira, porque – por exemplo – justiça é um tema tratado, quanto à ela ele cita lexicologicamente o conceito e não se esquiva, porém a abundante descrição de detalhes remete à inconcisão, contudo – o que ocorre – é apenas um integralismo ou totalitarismo conceitual, o que é isso?
Nisso, ele descreve absolutamente tudo de que precisamos saber sobre cada tema, o que – logicamente – remete ao prolixo. Na medida e razão, que a obra é puramente racional e clara, podemos classifica-la como pura ou de razão pura, mesmo que ele tenha consciência da necessidade da “sabedoria prática”, porém com ênfase teorética ou pura.
Posso citar outras tantas características da obra, como: isonômica e estática. Entretanto, penso já exceder o número de linhas recomendável para uma boa resenha. O apego às formas é fundamental no trabalho e aprendi dessa forma. Assim, Aristóteles – por mim denominado: o mestre – faz uma verdadeira baila, expondo cada conceito, recomendo o livro para quem lhe tenha interesse objetivo, pois não é arte subjetiva ou romântica.

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