quinta-feira, 27 de junho de 2019

Tudo


O que é tudo? Gosto de inspirar-me na máxima cartesiana: “Cogito, ergo sum!”, o que significa: “Penso, logo existo!” A descoberta do pensamento em sua pureza, conforme Renato fez é o importante início de tudo.
Tudo está aqui, ali e lá. Há muitos tudos: o meu, o teu e o nosso! Isto é, seja lá o que for tudo... Varia conforme o sujeito.
Essa minha regra pautou-se em uma descoberta reversa ao oráculo de Delfos: “Oh, homem! Conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo!” Eis que reinterpretei com colimação facilitatória, pois não: Oh, homem! Conhece o universo e os deuses, o que restar é você. (Orochimaru).
Meu conceito é combinar dicotomias clássicas para que sejam bem aplicadas em nossa realidade, pois se não vejamos: o universo é toda a matéria e os deuses são todas as ideias. O que quer dizer que “o enigma de Apolo” resolve-se desta forma: o universo é o que vejo, os deuses o que penso, variando de sujeito para sujeito. Genial, não?
Assim, tudo é uma mistura de ideias e coisas que são retidas por uma pessoa. E o mais importante! “Tudo” é termo gramatical, ou seja, decorre da ciência humana em definir cada ser, logo esse saber é puramente humano, o que ratifica e chancela sua subjetividade aqui exposta.
É verdade que a ciência prima pela objetividade, porém... Qual? A objetividade de um cientista (sujeito). O que significa dizer que: há subjetividade pura, como a religião e a arte, contudo, objetividade pura “non ecsist!”, sendo o caso de consideramos sua relatividade, inerente à filosofia e à ciência.
Deste modo, tudo é um atributo subjetivo, mitigado (ou não) por objetos; sendo, pois, triuno, porque ainda há o principal: a relação!
Essa última observação, atributo místico de Albert Einstein, marca, ao certo, toda a natureza da vida moderna e pós-moderna. Por quê?
Porque a antiguidade é antiga (absoluta), enquanto a modernidade é moderna (relativa). Isso eu chamo de poesia conceitual, papo para outra hora.

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