Nunca li "Memórias Póstumas de Brás Cubas", porém
suponho que são parecidos. O quê? "Memórias de Katzemiller", livro
que acabo de terminar de ler é minha última moda. Dentro do arco "Cesar
Luis", lançamos seus paradigmas em seu primeiro livro. Como Ap 1:8, trago
à tona o alfa e o ômega do autor.
Em ambas as lidas, notei seu caráter político-ideológico,
isto é, precipuamente uma luta contra o cristianismo, o que - obviamente - tem
fulcro em Nietzsche. Quanto a tantas afirmações de ódio e baixo calão, acredito
que a descrição mais precisa (ou racional) de sua antagonia está na afirmação
(compartilhada pela dupla), de que o cristianismo é a anti-natureza,
radicalmente o antigo ateu propõe cárcere ao eclesiático.
Pois bem, acredito que primeiramente eu deveria discutir: o
cristianismo é ou não antinatural? Cito o Livro Sagrado, em Gl 5:13, 2ª parte:
"Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne",
e também 1 Co 2:14: "Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito
de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se
discernem espiritualmente." (grifos meus).
Quanto ao que a Bíblia reza é inexorável que ela está
deforme à carne ou à natureza (do homem ou não), o que me faz crer que o
anticristo alemão estava certo. Contudo, a interpretação dada é divergente, por
quê? Enquanto nossos dois autores do momento acreditam na destruição pela
anti-natureza, o cristianismo crê na construção pela anti-natureza
(principalmente espiritual).
Bem, nesse compasso que determino a importância do livro aos
deficientes mentais em geral, na medida e razão que eles são propriamente a
discutida "anti-natureza", estando eles no limbo para os cristãos
(por não poderem aprender suas doutrinas) e puros para os anticristãos (pelo
mesmo motivo).
A deficiência mental (conceito classicamente denominado
alienação) é um exemplo de conduta diferente da esperada, por não serem - os
deficientes mentais - homens médios que absorvem e esquecem regularmente.
Alguns possuem memória boa demais (tendendo à vingança, anticristão) ou são
ocos e acabam perdoando tudo, pois, cristãos.
A doença cerebral promove uma variação em três sentidos:
psíquica (para a psicanálise), cognitiva (gestalt) e, enfim, comportamental (behaviorista).
A natureza do homem ou da humanidade é a razão moderada, porque lembra-se e
esquece-se frequentemente, havendo um desequilíbrio nessa dualidade, surge a
doença, com alucinações pelo que se lembra demais e falhas objetivas para
aqueles que se esquecem exageradamente.
Caminhando à conclusão deste pequeno insight , quero destacar a vantagem da leitura do livro do momento
"Memórias de Katzenmiller" para o tratamento e detecção de doença
mental. É razoavelmente simples, ele pondera teses autoindulgentes (hedonismo)
e refuta toda automortificação (o próprio Cristo). Darei exemplos.
No livro, discute-se sobre a busca de aventura, questão
sexual, casamento, mas principalmente filosofia idiossincrática, porquanto o
autor trabalha para que concordemos com a opinião subversiva do protagonista -
Moyos Katzenmiller -, sendo ele o caso de um libertino que quer tirar vantagem
(autodenominado: gatuno!), funcionando como ultrarrealista e - enfim - quer que
sejamos um dele. Em contrapartida...
O cristianismo acredita que devemos vencer a carne (como já
citado) e servir às coisas do alto (ponto de convergência: imaginário), Deus
quer simplesmente tudo de nós e - como um grande banqueiro judeu - oferece-nos
muitas promessas (paraíso, pureza, justiça e bem-aventuranças), por consectário
lógico temos que este atinge o espírito, cuja existência é questionável (falta
de provas).
Sinteticamente, o que eu acho? Na minha opinião, seria
melhor ser cristão, porque é a doutrina socialmente aceita, contudo, utilizar o
Moyos como ratificador (como?) é uma boa. A ratificação está na busca
exacerbada por uma verdade minha, dentro de mim, conforme o que eu acho - o
primeiro a fazê-lo foi Lúcifer - no entanto se ajo como o Katzenmiller e nada
acho "ratifica-se" o conceito cristão, na medida e razão que: o
cristianismo é perfeito e aquilo que lhe busca defeito (crítica) é meramente
chancelador da verdade absoluta. Como vi no livro.
Antissinteticamente, os deficitários de cognição e outras
funções cerebrinas, podem aprender sim, que - como muitos - Cesar Luis critica
incessantemente o cristianismo e quando o leitor abre os olhos: a igreja está
no mesmo lugar de antes, pastor ou padre pregará missa ou culto e todos seus
leais amigos de fé estarão lá em mais um encontro dominical. Aprendendo que os
anticristãos são a verdadeira causa da força de Cristo, o qual (como massa de
bolo) cresce quanto mais apanha!
A mensagem de Cristo é para todos, em todos os tempos e locais; a religião é um mero detalhe diante da supremacia do amor pregado por Jesus! Não há amor maior!
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