quarta-feira, 3 de julho de 2019

Memórias e Deficiência Mental


Nunca li "Memórias Póstumas de Brás Cubas", porém suponho que são parecidos. O quê? "Memórias de Katzemiller", livro que acabo de terminar de ler é minha última moda. Dentro do arco "Cesar Luis", lançamos seus paradigmas em seu primeiro livro. Como Ap 1:8, trago à tona o alfa e o ômega do autor.
Em ambas as lidas, notei seu caráter político-ideológico, isto é, precipuamente uma luta contra o cristianismo, o que - obviamente - tem fulcro em Nietzsche. Quanto a tantas afirmações de ódio e baixo calão, acredito que a descrição mais precisa (ou racional) de sua antagonia está na afirmação (compartilhada pela dupla), de que o cristianismo é a anti-natureza, radicalmente o antigo ateu propõe cárcere ao eclesiático.
Pois bem, acredito que primeiramente eu deveria discutir: o cristianismo é ou não antinatural? Cito o Livro Sagrado, em Gl 5:13, 2ª parte: "Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne", e também 1 Co 2:14: "Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente." (grifos meus).
Quanto ao que a Bíblia reza é inexorável que ela está deforme à carne ou à natureza (do homem ou não), o que me faz crer que o anticristo alemão estava certo. Contudo, a interpretação dada é divergente, por quê? Enquanto nossos dois autores do momento acreditam na destruição pela anti-natureza, o cristianismo crê na construção pela anti-natureza (principalmente espiritual).
Bem, nesse compasso que determino a importância do livro aos deficientes mentais em geral, na medida e razão que eles são propriamente a discutida "anti-natureza", estando eles no limbo para os cristãos (por não poderem aprender suas doutrinas) e puros para os anticristãos (pelo mesmo motivo).
A deficiência mental (conceito classicamente denominado alienação) é um exemplo de conduta diferente da esperada, por não serem - os deficientes mentais - homens médios que absorvem e esquecem regularmente. Alguns possuem memória boa demais (tendendo à vingança, anticristão) ou são ocos e acabam perdoando tudo, pois, cristãos.
A doença cerebral promove uma variação em três sentidos: psíquica (para a psicanálise), cognitiva (gestalt) e, enfim, comportamental (behaviorista). A natureza do homem ou da humanidade é a razão moderada, porque lembra-se e esquece-se frequentemente, havendo um desequilíbrio nessa dualidade, surge a doença, com alucinações pelo que se lembra demais e falhas objetivas para aqueles que se esquecem exageradamente.
Caminhando à conclusão deste pequeno insight , quero destacar a vantagem da leitura do livro do momento "Memórias de Katzenmiller" para o tratamento e detecção de doença mental. É razoavelmente simples, ele pondera teses autoindulgentes (hedonismo) e refuta toda automortificação (o próprio Cristo). Darei exemplos.
No livro, discute-se sobre a busca de aventura, questão sexual, casamento, mas principalmente filosofia idiossincrática, porquanto o autor trabalha para que concordemos com a opinião subversiva do protagonista - Moyos Katzenmiller -, sendo ele o caso de um libertino que quer tirar vantagem (autodenominado: gatuno!), funcionando como ultrarrealista e - enfim - quer que sejamos um dele. Em contrapartida...
O cristianismo acredita que devemos vencer a carne (como já citado) e servir às coisas do alto (ponto de convergência: imaginário), Deus quer simplesmente tudo de nós e - como um grande banqueiro judeu - oferece-nos muitas promessas (paraíso, pureza, justiça e bem-aventuranças), por consectário lógico temos que este atinge o espírito, cuja existência é questionável (falta de provas).
Sinteticamente, o que eu acho? Na minha opinião, seria melhor ser cristão, porque é a doutrina socialmente aceita, contudo, utilizar o Moyos como ratificador (como?) é uma boa. A ratificação está na busca exacerbada por uma verdade minha, dentro de mim, conforme o que eu acho - o primeiro a fazê-lo foi Lúcifer - no entanto se ajo como o Katzenmiller e nada acho "ratifica-se" o conceito cristão, na medida e razão que: o cristianismo é perfeito e aquilo que lhe busca defeito (crítica) é meramente chancelador da verdade absoluta. Como vi no livro.
Antissinteticamente, os deficitários de cognição e outras funções cerebrinas, podem aprender sim, que - como muitos - Cesar Luis critica incessantemente o cristianismo e quando o leitor abre os olhos: a igreja está no mesmo lugar de antes, pastor ou padre pregará missa ou culto e todos seus leais amigos de fé estarão lá em mais um encontro dominical. Aprendendo que os anticristãos são a verdadeira causa da força de Cristo, o qual (como massa de bolo) cresce quanto mais apanha!



Um comentário:

  1. A mensagem de Cristo é para todos, em todos os tempos e locais; a religião é um mero detalhe diante da supremacia do amor pregado por Jesus! Não há amor maior!

    ResponderExcluir